Com certeza você já ouviu falar em algum terreiro de umbanda
ou candomblé que São Jorge é Ogum, ou que Nossa Senhora dos Navegantes seja
Yemanja. Com certeza essas associações causam uma confusão imensa na cabeça dos
frequentadores das religiões de Matriz Africana.
Por que essa associação acontece? Quando como e porque ela
surgiu?
Todos sabemos que o culto dos orixás vem da África e foi
trazido pelos nativos africanos que foram escravizados e traficados, chegando
assim a costa brasileira.
E como eram acomodados todos juntos (em condições
sub-humanas, diga-se de passagem) em grandes senzalas, resolveram praticar seus
cultos, que eram praticados com danças, cantos e incorporações. Começando assim
a chamar a atenção dos senhores de engenhos os “donos dos escravos” que mesmo
não entendendo que aquele “AJUNTAMENTO” fosse religião começaram a ficar
preocupados com aquilo, com medo de rebelião e de movimentos revolucionários começaram
a tentar impedir aqueles movimentos, e a solução que eles encontraram foram
encher as senzalas de imagens de santos católicos.
Os negros observando aquelas imagens encontraram nelas
semelhanças com os seus Deuses e continuaram o seus cultos fazendo associações
dessas imagens com os orixás.
Porém precisamos entender que o tempo passou, que não somos
mais escravos, e que a religião de Matriz Africana não deve esconder seus
orixás nos arquétipos das divindades Ocidentais. O Sincretismo incentiva o
preconceito, e faz os adeptos esconderem sua religião em um catolicismo de
faixada.
Temos que entender que Ogum não é São Jorge, Oxum não é
Nossa Sra da Conceição e assim por diante, orixá é orixá e tem sua característica,
sua história e suas qualidades.
O SINCRETISMO É UMA PRATICA QUE JÁ DEVIA TER SIDO ABOLIDA HÁ
MUITO TEMPO...
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