terça-feira, 31 de maio de 2016

Orixás

Bela coletânea da Ilustre interprete Leci Brandão!
 Axé a todos!


domingo, 29 de maio de 2016

Sincretismo Religioso






Com certeza você já ouviu falar em algum terreiro de umbanda ou candomblé que São Jorge é Ogum, ou que Nossa Senhora dos Navegantes seja Yemanja. Com certeza essas associações causam uma confusão imensa na cabeça dos frequentadores das religiões de Matriz Africana.
Por que essa associação acontece? Quando como e porque ela surgiu?
Todos sabemos que o culto dos orixás vem da África e foi trazido pelos nativos africanos que foram escravizados e traficados, chegando assim a costa brasileira.
E como eram acomodados todos juntos (em condições sub-humanas, diga-se de passagem) em grandes senzalas, resolveram praticar seus cultos, que eram praticados com danças, cantos e incorporações. Começando assim a chamar a atenção dos senhores de engenhos os “donos dos escravos” que mesmo não entendendo que aquele “AJUNTAMENTO” fosse religião começaram a ficar preocupados com aquilo, com medo de rebelião e de movimentos revolucionários começaram a tentar impedir aqueles movimentos, e a solução que eles encontraram foram encher as senzalas de imagens de santos católicos.
Os negros observando aquelas imagens encontraram nelas semelhanças com os seus Deuses e continuaram o seus cultos fazendo associações dessas imagens com os orixás.
Porém precisamos entender que o tempo passou, que não somos mais escravos, e que a religião de Matriz Africana não deve esconder seus orixás nos arquétipos das divindades Ocidentais. O Sincretismo incentiva o preconceito, e faz os adeptos esconderem sua religião em um catolicismo de faixada.
Temos que entender que Ogum não é São Jorge, Oxum não é Nossa Sra da Conceição e assim por diante, orixá é orixá e tem sua característica, sua história e suas qualidades.
O SINCRETISMO É UMA PRATICA QUE JÁ DEVIA TER SIDO ABOLIDA HÁ MUITO TEMPO...


sábado, 28 de maio de 2016

Diga Não a Intolerância Religiosa


Intolerância Religiosa um crime praticado diariamente e que na maioria esmagadora das vezes fica impune.
Até quando nós vamos ficar com os braços cruzados para isso? Hoje existe uma frente religiosa que toma cada dia mais força e que se assemelha a inquisição praticada na igreja Católica na Idade Média. O movimento Protestante ou Evangélicos como são chamado popularmente, querem sobrepor sua verdade absoluta a toda a sociedade a força, se acham donos da verdade e insultam e descriminam os religiosos de outras filosofias, principalmente os das Religiões de Matriz Africano.
O que muita gente não sabe é que isso é crime, pois a própria constituição nos garante a liberdade religiosa, e nenhum um outro ser pode nos recriminar por tal escolha.
Hoje em dia além de insultos, e agressões verbais, já foram registradas barbares aos templos de Umbanda e Candomblé, vandalismo dignos de animais fanáticos.
As religiões de Matriz Africana retrata a nossa origem nossa raiz, e aquela nação que recrimina seu passado sua raiz inevitavelmente encontrara o fracasso em seu futuro.
Hoje em dia podemos prestar queixa contra esses crimes, DISQUE: 100 E DENUNCIE QUALQUER TIPO DE NEGLIGÊNCIA A DELEGACIA DOS DIREITOS HUMANOS.


NÃO QUEREMOS TOLERÂNCIA, QUEREMOS RESPEITO COMO A CONSTITUIÇÃO NOS GARANTE, CONSCIENTIZE-SE!!!!

Interatividade




Bom dia!!!

Caros leitores, preciso da ajuda de vocês, que tem você acha interessante?
De uma sugestão de tema que você gostaria de ver nas próximas postagens.
Por favor não deixe de comentar e dar sua opinião!!!!!

Participe!!!

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Omolu



Omolu, é o orixá senhor das pestes e da cura, filho de Nanã e Oxalá é o dono da terra se veste de palha, segundo seu Itan Omolu era filho de Nanã, e por ter nascido com o corpo coberto de chagas e por esse motivo foi abandonado por ela, Yemanjá achou o bebe o curou de todas as chagas e o criou, sendo assim a “verdadeira’’ mãe de Omolu.
Em todos os cultos de Orixá tem muito respeito a Omolu, por ele ser dono das pragas e da cura se tem muito respeito e até medo desse belo orixá. É o dono da Terra e essa expressão identifica muito sua natureza e seu temperamento, e também muito ligado ao fogo, pois domina o fogo que brota da terra (lava).
Omolu, também chamado de Obaluaiyê e Xapanã, tem seus registros e suas lendas vindas do povo de Daomé, povo que deu origem a Nação de Jêje no Candomblé.
Segue abaixo um Itan para entendermos melhor esse magnifico orixá:

Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Obaluaiê viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Obaluaiê não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro.

Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Obaluaiê entrou, mas ninguém se aproximava dele. 

Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Obaluaiê e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os orixás dançavam alegremente com suas equedes. 

Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Obaluaiê pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Obaluaiê, o deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador. 

Obaluaiê e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens. 





Dia: Segunda-Feira

Cores: Preto Branco e Vermelho

Símbolos: Xaxará ou Íleo, lança de madeira, lagdibá

Elementos: Terra e fogo do interior da terra

Domínios: Doenças epidêmicas, cura de doenças, saúde, vida e morte

Saudação: Atotô!!!




Maria Conga




Salve essa Vovó maravilhosa, que a cada dia nos ensina mais um pouquinho com muito carinho, doçura e amor!
Ainda bem que vovó saravou!!!

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Aos leitores



Caros leitores agradeço a presença de cada um de vocês, o meu objetivo neste Blog é falar um pouco sobre essa cultura magnifica e dessas Divindades maravilhosas, que enchem nossas vidas de alegria e muito axé. Meu objetivo e compartilhar informações para que essa cultura nunca morra.
Peço a vocês que deixe seu comentário, seja com crítica, elogio ou sugestão.
Estou procurando fazer o melhor para expressar nosso amor e carinho a essa cultura linda.
Peço a ajuda de vocês comentem, compartilhem passe para seus amigos.

Muito Axé a todos.

Motumbá!!!

Oxóssi




Oxóssi é arquétipo do caçador, que mora na mata, que caça a noite, que mata com uma flecha só, todas essas expressões você irá encontrar várias vezes nas cantigas desse orixá.
Odé como também e conhecido, é o orixá da prosperidade da colheita, dos frutos, legumes e grãos. Com exceção das ervas (que são domínio de Ossain) tudo o que se planta e colhe pertence a Oxóssi. A caça é também uma das suas principais características, é o orixá provedor responsável pela prosperidade e pela fartura.
É irmão de Ogum com quem aprendeu a agricultura e a caça, dizem que aonde Ogum tirar o seu pé, Oxossí põe o dele. Um dos mais belos orixás, teve um filho com Oxum (Logun Éde).
Odé é misterioso, calado e sorrateiro e assim como o caçador ele observa o local e espera a hora certa para desferir o golpe certeiro. Porém Oxossí em contra partida tem uma facilidade de ser enganado por uma bela promessa de amor.
Segue abaixo um Itan para entendermos melhor a natureza desse magnifico e encantador orixá:



Em tempos distantes, Odùdùwa, Rei de Ifé, diante do seu Palácio Real, chefiava o seu povo na festa da colheita dos inhames. Naquele ano a colheita havia sido farta, e todos em homenagem, deram uma grande festa comemorando o acontecido, comendo inhame e bebendo vinho de palma em grande fartura. De repente, um grande pássaro, pousou sobre o Palácio, lançando os seus gritos malignos, e lançando farpas de fogo, com intenção de destruir tudo que por ali existia, pelo fato de não terem oferecido uma parte da colheita as feiticeiras Ìyamì Òsóróngà. Todos se encheram de pavor, prevendo desgraças e catástrofes. O Rei então mandou buscar Osotadotá, o caçador das 50 flechas, em Ilarê, que, arrogante e cheio de si, errou todas as suas investidas, desperdiçando suas 50 flechas. Chamou desta vez, das terras de Moré, Osotogi, com suas 40 flechas. Embriagado, o guerreiro também desperdiçou todas suas investidas contra o grande pássaro. Ainda foi, convidado para grande façanha de matar o pássaro, das distantes terras de Idô, Osotogum, o guardião das 20 flechas. Fanfarrão, apesar da sua grande fama e destreza, atirou em vão 20 flechas, contra o pássaro encantado e nada aconteceu. Por fim, todos já sem esperança, resolveram convocar da cidade de Ireman, Òsotokànsosó, caçador de apenas uma flecha. Sua mãe, sabia que as èlèye viviam em cólera, e nada poderia ser feito para apaziguar sua fúria a não ser uma oferenda, uma vez que três dos melhores caçadores
falharam em suas tentativas. Ela foi consultar Ifá para Òsotokànsosó. Os Babalaôs disseram para ela preparar oferendas com ekùjébú (grão muito duro), também um frango òpìpì (frango com as plumas crespas), èkó (massa de milho envolta em folhas de bananeira), seis kauris (búzios). A mãe de Òsotokànsosó fez então assim, pediram ainda que, oferecesse colocando sobre o peito de um pássaro sacrificado em intenção e que oferecesse em uma estrada, e durante a oferenda recitasse o seguinte: “Que o peito da ave receba esta oferenda”. Neste exato momento, o seu filho disparava sua única flecha em direção ao pássaro, esse abriu sua guarda recebendo a oferenda ofertada pela mãe do caçador, recebendo também a flecha certeira e mortal de Òsotokànsosó. Todos após tal ato, começaram a dançar e gritar de alegria: “Oxossi! Oxossi!” (caçador do povo). A partir desse dia todos conheceram o maior guerreiro de todas as terras, foi referenciado com honras e carrega seu título até hoje. Oxossi.






Dia: Quinta-Feira

Cor: Azul-Turquesa

Símbolos: Ofá (arco), Damatá (flecha), Erukeré

Elementos: Terra (florestas e campos cultiváveis)

Domínios: Caça, Agricultura, Alimentação e Fartura


Saudação: Oké Aro!!! Arolé!!!


Cantigas de Ogum-Ketu


Axé a Todos!

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Ogum



Ogum é um dos principais Deuses do panteão Africano, um dos orixás mais cultuados em todo Brasil. A palavra Ogum do idioma yoruba significa “Guerra”, por tanto o próprio nome explica a natureza desse orixá, Ogum é a guerra o conflito a batalha, sempre que nos encontramos em uma batalha é a Ogum a quem recorremos.
É o arquétipo do Guerreiro, que derramou muito sangue em Yrê, aonde foi rei, e em muitas outras tribos da África. Ogum quem desenvolveu a forja do ferro, por esse motivo é o senhor desse elemento, fez a espada e todos os outros instrumentos de ferro, também por esse motivo Ogum torna-se o senhor da agricultura (arte que ele ensinou ao seu irmão Oxóssi).
Por portar o facão e a espada Ogum é quem abre os caminhos junto com Exu (seu irmão), sempre pedimos a Ogum que abra nosso caminhos, Ogum é forte, ágil e sua ira é incontrolável, Ogum em cólera é imbatível, violento e cruel, características forte em seus filhos.
Sua roupa é o Mariwô (palha feita com as folhas do dendezeiro) é um orixá da terra, mais tem forte em sua essência o “fogo” elemento primordial na forja do ferro.
É sincretizado como Santo Antônio na Bahia e São Jorge no Rio de Janeiro.
Em alguns Itans é tido como filho de Oxala e Yemanjá e irmão de Oxóssi e Exu, não importa o itan Ogum é sempre a figura da força, da coragem, da valentia e da fúria.
Seus Caminhos são:


Ogum Meje: Guardião das sete entradas de Irê, o guardião das casas de ketu.
Ogum Já: Aquele que recebe Cão como oferenda
Ogum Amene: Ligado a Oxum
Ogum Alegbede: Deus dos Ferreiros.
Ogum Akoró: toma conta da casa de Oxalá, usa coroa de Mariwo.
Ogum Oniré: Rei, senhor de Irê.
Ogum Wáris: Ferreiro dos metais dourados.

Segue abaixo um Itan para que possamos conhecer mais sobre Ogum:


Ogum decidiu, depois de numerosos anos ausente de Irê, voltar para visitar seu filho (informação pessoal do Oníìré em 1952). Infelizmente, as pessoas da cidade celebravam, no dia da sua chegada, uma cerimônia em que os participantes não podiam falar sob nenhum pretexto. Ogum tinha fome e sede; viu vários potes de vinho de palma, mas ignorava que estivessem vazios. Ninguém o havia saudado ou respondido às suas perguntas. Ele não era reconhecido no local por ter ficado ausente durante muito tempo. 

Ogum, cuja paciência é pequena, enfureceu-se com o silêncio geral, por ele considerado ofensivo. Começou a quebrar com golpes de sabre os potes e, logo depois, sem poder se conter, passou a cortar as cabeças das pessoas mais próximas, até que seu filho apareceu, oferecendo-lhe as suas comidas prediletas, como cães e caramujos, feijão regado com azeite-de-dendê e potes de vinho de palma. Enquanto saciava a sua fome e a sua sede, os habitantes de Irê cantavam louvores onde não faltava a menção a Ògúnjajá, que vem da frase ògún je ajá (Ogum come cachorro), o que lhe valeu o nome de ògúnjá. 

Satisfeito e acalmado, Ogum lamentou seus atos de violência e declarou que já vivera bastante. Baixou a ponta de seu sabre em direção ao chão e desapareceu pela terra adentro com uma barulheira assustadora. Antes de desaparecer, entretanto, ele pronunciou algumas palavras. A essas palavras, ditas durante uma batalha, Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou.





Ogum
Dia: Terça-Feira
Cores: Azul Escuro
Símbolos: Espada, bigorna, facão, enxada
Elementos: Ferro, metais, Terra e fogo
Domínios: Estradas, metalurgia, guerra, conquista

Saudação: Ogum Iê!!



terça-feira, 24 de maio de 2016

Povo de Exu


Bela canção do grupo Alagoano de Afoxé Povo de Exu, vale a pena ver muito bom!

Exu




Para falar desse orixá magnifico, precisamos desmitificar esse personagem maravilhoso do panteão africano. Ao contrário do que a maioria pensa Exu não é o Demônio, até porque o demônio é uma criação do cristianismo, em outras religiões esse personagem que é sempre o oposto do divino, do perfeito, é sempre um personagem que se assemelha ao ser humano, e por isso é muito próximo dele.
Em todas as culturas existem as divindades divinas próximas da perfeições, e as mais humanizadas, mais próximas dos nossos defeitos e qualidades, e Exu é isso, Exu se aproxima muito do ser humano por afinidade e semelhança, e talvez por esse motivo ele é extremamente importante, Exu é a porta entre o Ayê e o Orum (Terra e o Céu) o mensageiro entre os homens e os orixás.
Exu é o primeiro, o início é o número 1, e deve ser saudado antes de todos, reverenciado antes de todos, sua oferenda vem antes de todos, e por ser o princípio deve ser muito respeitado como senhor que abre os caminhos, aquele que vai na frente (qualidade que ele compartilha com seu irmão Ogum).
Abaixo veja um Itan (lenda) para entender melhor a história de Exu:
Exú ajudava Olodumare na criação do mundo, bem no princípio, durante a criação do universo. Olodumare reuniu os sábios do Orum para que o ajudassem no surgimento da vida e no nascimento dos povos sobre a face da terra, entretanto, cada um tinha uma ideia diferente para a criação e todos encontravam algum inconveniente nas ideias dos outros, nunca entrando num acordo, assim surgiram muitos obstáculos e problemas para executar a boa obra a que Olodumare se propunha.

Então, quando sábios e o próprio Olodumare se propunha e já acreditava que era impossível realizar tal tarefa. Exú veio em auxílio de Olodumare e disse que para obter sucesso em tão grandiosa obra era necessário sacrificar 101 pombos como ebó. Com o sangue dos pombos se purificariam das diversas anormalidades que perturbavam a vontade dos bons espíritos, daqueles que queriam uma construção, que queriam uma vida melhor. Ao ouvi-lo, Olodumare estremeceu, porque a vida dos pombos está muito ligada a sua própria vida. Mesmo assim, pouco depois sentenciou; assim seja pelo bem de meus filhos, e pela primeira vez então, sacrificaram-se pombos.

Exú foi guiando Olodumare por todos os lugares aonde se deveria verter o sangue dos pombos para que tudo fosse purificado e para que seu desejo de criar o mundo assim fosse cumprido. Quando Olodumare realizou tudo o que pretendia convocou Exú e lhe disse:

“– Muito me ajudastes e eu bendigo teus atos. Por toda a eternidade sempre será reconhecido. Exú será louvado sempre e antes do começo de qualquer empreitada, você será homenageado”.
Exu

Dia: Segunda-Feira

Cor: Preto e Vermelho

Simbolo: Ogó (simboliza o pênis)

Elemento: Terra e Fogo

Domínios: Sexo. magia, poder, sedução e realização.

Saudação: Laroyê!!


Axé a todos!


Dando voz a verdade